Houve um tempo em que qualidade e produtividade poderiam ser considerados antagônicas. Produtos cuidadosamente elaborados à mão eram mais caros e demandam mais tempo que os não elaborados. Mas a revolução industrial começou a mudar isso.
O uso de estatística e melhoria dos sistemas produtivos levaram a um grande desenvolvimento da indústria de consumo após (e mesmo durante) a segunda guerra mundial.
William E. Deming, um dos “progenitores” da qualidade, e que revolucionou a produção no Japão, quando contratado para melhorar a produtividade, sempre fez isso através da qualidade.
Num tempo ainda sem computadores e automação, Deming procurava remover as barreiras mentais que nos impediam de ter produtos melhores e sem defeitos.
A participação dos envolvidos, o planejamento, a simplicidade estão presentes em toda obra de Deming. É impressionante como o Japão conseguiu, com maior qualificação, mais planejamento, menos desperdício e menos tempo, produtos de melhor qualidade e custo ao mesmo tempo.
O trabalho de qualidade total e “LEAN” hoje estão presentes em todas as atividades empresariais. O gerenciamento de projeto se beneficia enormemente dessa abordagem.
Ferramentas como análise de risco, projeto conceitual, elaboração dos requisitos dos usuários, têm um poder abrangente e inquestionável.
O uso dessas ferramentas não só reduz drasticamente o tempo e custo do projeto mas leva inexoravelmente ao aumento de sua qualidade e processo.
Dito isso, não há como deixar de concluir que produtividade está intrinsecamente relacionada ao investimento em qualidade e melhores práticas, seja a curto ou a longo prazo.
A história conta isso.